Mercúrio (Hg)
Química

Mercúrio (Hg)


                                                                                                                          Bolsista:Leonice Paraguai

 
Olha pessoal!!! Na matéria de hoje vou levar algumas informações sobre o ?Elemento Químico?, que é considerado um vilão ao meio ambiente e principalmente o ser humano. Como nós já sabemos o Mercúrio (Hg) é o único metal liquido à temperatura ambiente. Isso pode ser explicado pela energia de ionização muito grande, que dificulta a participação dos elétrons na formação das ligações metálicas. O liquido tem uma pressão de vapor apreciável, à temperatura ambiente.  Por isso, superfícies expostas de Mercúrio (Hg) devem sempre ser cobertas (por exemplo, com tolueno). Para impedir sua vaporização e, consequentemente, o risco de intoxicação. O Mercúrio (Hg) gasoso tem um comportamento incomum, pois é constituído por umas espécies monoatômicas, como os gases nobres.

 Todos os compostos de Mercúrio (I) são diamagnéticos, tanto no estado sólido como em solução. O íon Hg+ deveria ter um desemparelhado e ser paramagnético, mas [Hg-Hg] 2+ todos os elétrons estão emparelhados e essa espécie deve ser diamagnética.
O vapor de Mercúrio é toxico e, se inalado, pode provocar vertigens, tremores, danos aos pulmões e ao cérebro. No laboratório, o Mercúrio deve ser recoberto com óleo ou tolueno e derramamentos acidentais desse metal devem ser tratados com enxofre, de modo a formar HgS. Compostos inorgânicos tais como HgCl2, Hg2Cl2 e HgO , também, são tóxicos quando ingeridos. O mercúrio e um veneno cumulativo (como Cd, Sn, Pb e Sb). Como esses metais não tem função biológica, não existe nenhum mecanismo para eliminá-los do organismo. O íon HgII inibe enzimas, particularmente aquelas contendo grupos tióis,-SH.
Esses compostos inorgânicos de mercúrio foram empregados para controlar o crescimento de bolores em fabricas de polpa de madeira e de papel. São ainda usados em tintas protetoras contra o apodrecimento, como fungicidas para tratamento de sementes e de plantas, e no controle de uma doença conhecida como potra (plasmodiophora brassicae), que ocorre em couves. Mais recentemente compostos organomercúricos, tais como dimetilmercúrio, Hg (Me)2 , e MeHgX, Foram usados para prevenir o ataque de fungos em sementes. Compostos alquimercúricos, como o dimetilmercúrio, são muitos mais tóxicos que os compostos inorgânicos de mercúrio. Os compostos de arilmercúrio são ainda mais perigosos. Eles Podem provocar paralisia, perda de visão, surdez, loucura e morte, devido aos danos provados ao cérebro.
Foram registrados diversos incidentes alarmantes envolvendo intoxicação com Mercúrio (Hg):
No inicio do século, sais de mercúrio eram empregados na indústria de chapéus de feltro. A poeira afetava o sistema nervoso central dos operários, provocando tremores musculares, conhecidos na literatura inglesa como ?tremores de chapeleiro? (?hatter?s shakes?). Isso levou à expressão ?mad as a hatter?, que significa algo como ?doido varrido?, ou literalmente, ?doido como um chapeleiro?.
Em 1952,52 pessoas morreram em Minamata (Japão), como consequência da ingestão de peixe contaminado com mercúrio. O Hg provinha dos efluentes de uma fábrica que usava sais de HgII como catalisadores na fabricação de etenal (acetaldeído) a partir de acetileno. O HgCl2 era convertido no composto organomercúrio, MeHgSMe, por bactérias anaeróbicas existentes no lodo do leito da baia . Esse composto era concentrado na cadeia alimentar. Inicialmente era absorvido pelo plâncton, que serve de alimento para os peixes e outros animais marinhos, utilizados na alimentação dos habitantes do local. Em 1960 e novamente em 1965, foi registrado um aumento repentino no numero de casos de intoxicação por mercúrio no Japão, causados por consumo de crustáceos contaminados.
O problema mais recente decorre do uso cada vez mais disseminado de mercúrio na extração de ouro, sobretudo no Brasil. A areia a água dos rios é passada sobre mercúrio para que o ouro eventualmente presente se dissolva no mesmo, formando uma amálgama. O mercúrio perdido nesse procedimento contaminou consideráveis trechos de rios da bacia amazônica.
Bom pessoal! Estarei de volta na próxima semana com mais um ?Elemento Químico?. Uma ótima semana para todos.

Referência:
 Lee, J. D. Química inorgânica não tão concisa, 5ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1199. P.428. 432. 433.  434.
                                                                                                                                     



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