Sabão
Química

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 O fabrico do sabão é uma das sínteses mais antigas. Há razões para acreditar que na Babilónia se fabricava sabão há cerca de 5000 anos. Também os Fenícios e os Egípcios o fabricavam há muitos milhares de anos, no entanto a maioria dos historiadores considera que a descoberta do sabão se deve aos Romanos, ou pelo menos foram estes que escreveram o seu processo de preparação e o difundiram. Os Romanos sabiam que aquecendo gordura de cabra com extratos de cinzas de madeira, que contêm bases muito fortes, produziam sabão. A descoberta de uma saboaria nas ruínas de Pompeia (cidade italiana situada perto da baía de Nápoles que quando da erupção Vesúvio no ano 79, ficou destruída e simultaneamente conservada) demonstra que nessa época o sabão já era correntemente usado. Basicamente a reacção química usada na altura é a mesma realizada em enorme escala pela moderna indústria de sabões: a hidrólise alcalina de triglicéridos.
Os conhecimentos sobre o fabrico de sabão perderam-se um pouco quando da queda do Império Romano, tendo passado depois de Itália para a Alemanha, França (onde o fabrico de sabão já tinha, em Marselha, uma dimensão importante no século IX) e Espanha e mais tarde, no século XIV para Inglaterra. A manufactura do sabão só chegou à América no século XVII com a chegada à Virgínia de fabricantes de sabão  Polacos e Alemães.  
Os óleos ou gorduras animais misturados com extractos de cinzas produziam sabão mole, de fácil fabrico e que teve uso doméstico até ao século XIX. O sabão duro era fabricado misturando óleo vegetal com soda obtida das cinzas das algas marinhas. Tratava-se de um produto de luxo, frequentemente perfumado, preparado em Veneza, Marselha e Castela a partir do século XV.
Em 1903, dois químicos alemães, Hermann Geissler e Hermann Bauer, desenvolveram um processo para preparar sabão em pó. Este foi vendido pela primeira vez em 1906, pela companhia Henkel de Dusseldorf, sob o nome de PERSIL (uma combinação de perborato e silicato - do nome de produtos usados na síntese). O sabão em pó começou a substituir então o sabão em barra e depois da década de 30 do século passado daria lugar aos detergentes sintéticos.
Apesar de ser conhecido há muitos milhares de anos a produção de sabão em grande escala iniciou-se muito recentemente, pois só há pouco mais de 150 anos é que as pessoas começaram de facto a ter preocupação com a sua higiene. A pressão social para a mudança iniciou-se quando se compreendeu que doenças epidémicas, como a cólera e a febre tifóide, eram causadas pelas condições imundas em que se vivia. O desenvolvimento dos meios para as pessoas se manterem a si, às suas roupas, casas e cidades limpas, foi um importante contributo para melhorar a saúde pública e diminuir a mortalidade infantil em meados do século XIX.



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