Molécula do citral, terpenoide, é formada por duas unidades de isopreno e oxigênio. O citral existe na forma de dois compostos mais evidentes o geranial - a, de odor mais forte de limão e o neral - b de odor mais suave e adocicado. É encontrado em várias espécies de plantas, como Melissa officinalis L, erva-cidreira, falsa-melissa, a citronela e outras. Estão presentes no óleo essencial do limão e da verbena de onde é extraído e muito utilizado como flavorizante e também em perfumes. É repelente de insetos pelo seu efeito de feromônio, também tem seu uso na síntese da vitamina A. Pesquisas laboratoriais revelam que tem atividade anti-oxidante, antimicrobiana atuando em espécies de bactérias como a Salmonella, Staphylococcus aureus e várias outras, atua também nos microrganismos do reino fungi como a Candida albicans, ou mesmo inibindo a respiração da Saccharomices cerevisae induzindo a perda de componentes das células por parte desses microrganismos e interferindo também no "sistema respiratório" dos mesmos.
Retinal (C20H28O) Não confundir com retinol, Vitamina A, que possui o metanol no carbono terminal (lugar do radical aldoxila).
O Retinal e a Visualização Das Formas
A vitamina A, provinda de frutas e verduras, legumes, etc, no interior do nosso organismo se converte em retinal, pigmento necessário à visualização da luz, ou qualquer sinal luminoso visível. A luz ao chegar na retina é absorvida pela rodopsina que é o cromóforo do aldeído poli insaturado o retinal, que por sua vez absorve a luz da rodopsina e a transforma em estímulos nervosos. Para que ocorra essa informação é necessário que o retinal participe das reações de transformações químicas de informações visuais do olho. Os estímulos da luz sofrem transformações no interior dos bastonetes da visão, em estímulos neurológicos ou elétricos, que são emitidos para o cérebro que decodifica em formas visuais.
A Utilização dos Aldeídos
A produção Industrial do formol
A produção do formol ou formalina, o mais comum e utilizado dos aldeídos a nível industrial, pode ser feita a partir do álcool etílico ou etanol.
Os aldeídos são utilizados em diversas aplicações.
Formol na Conservação do Colostro Fermentado
A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, vem trabalhando com pesquisas com o formaldeido ou formol, que tem a sua aplicação na conservação do colostro fermentado naturalmente, rico em proteínas, substituindo o leite integral, como excelente alimento no desmame de bezerros. No entanto no decorrer do processo avaliativo de aplicação do formol na conservação do alimento, observou-se que o colostro não conservado parece levar vantagem sobre seu similar, devido a praticidade técnica de preparação.
O Formol na Conservação de Peças Biológicas
Nos inúmeros centros de pesquisas e em particular no Campus Universitário da USP de Ribeirão Preto, o formol é utilizado na fixação de tecidos biológicos variados, conservação de cadáveres e peças anatômicas. É diluído em água, na proporção 8 a 10%. Sua utilização tem restrição devido a sua alta toxicidade aos seres vivos do meio ambiente em geral e do mesmo modo, em relação à população residente local, que se serve das águas de poços artesianos localizados na mesma área, e por causa dos seus descartes nas redes de esgotos locais que podem fluir para os lençóis freáticos ou que também vão para os ramais dos rios. Medidas de amenização de atuação do produto tóxico foram tomadas, como a reutilização reciclada do mesmo, e no final de sua utilidade; antes de ser descartado, para evitar prejuízos ao meio ambiente, seu resíduo final é tratado, por meio de um reator anaeróbio horizontal de leito fixo (RAHLF) para degradar até 99%, desse formaldeído já não utilizável.
Formol na Produção da Seda Artificial e Fibras de Algodão
Confecção de seda artificial e fibras de algodão. Consiste na aplicação do formol nas fibras para aumentar a sua resistência mecânica. O processo de confecção passa por etapas preparativas como: texturização dos filamentos sintetizados artificialmente, logo após ocorre a fiação, na sequência o processo chamado de penteação das sobras, no caso da seda, todo o processo resulta no tecido pronto.
Formol e o Uso Como Desinfetante
Obs: a fórmula e concentração para a aplicação do produto, fica a cargo do técnico ou veterinário responsável pelo local.
Utilizado como desinfetante, o formol, é diluído em água, serve para esterilizar ambiente cirúrgico hospitalar na eliminação de cepas de microrganismos patógenos.
Pode ser aplicado em aviários e granjas para livrar de microrganismos e parasitas prejudiciais à saúde das aves e mesmo do criador, ou até mesmo do consumidor.
Estábulos, o formol é utilizado juntamente com permanganato de potássio para eliminação dos patogênicos que possam estar alojados nesses locais.
Suinocultura: deve-se aplicar sobre o piso as divisórias do ambiente, a solução de formol e permanganato de potássio: com a concentração á critério do técnico responsável.
Na fumigação, processo que se aquece a solução de formol com o permanganato de potássio causando a volatilização, ao aplicar no ambiente, este deve estar fechado para surtir efeito da vaporização do desinfetante, que serve para combater morcegos que possam estar habitando ou frequentando o local, na desinfecção de roupas que estão em contato com o ambiente contaminado, ou ovos que serão incubados, que não podem estar contaminados por patógenos e parasitas.
O Formol e a Fabricação de Fórmica
O formol é utilizado na fabricação de fórmica, o mesmo que baquelite. A fórmica é uma resina resistente que também pode ser transformada em um tipo de plástico termorresistente, cujo polímero pode ser formado a partir do fenol com o formaldeído, comumente o produto é denominado de polifenol. A baquelite é utilizada na fabricação de móveis de uso doméstico, de escritórios, revestimento de divisórias, armários de cozinha, mesas cadeiras, também pode ser aplicado na fabricação de interruptores de corrente elétrica por servir também como isolante, por ser rígida tem seu emprego na confecção de cabos de panelas, bolas de bilhar, peças de automóveis e do corpo ou carapaça de variados eletrodomésticos.
A Formação da Baquelite
O fenol se combina com o formaldeído.
Na composição, entram duas moléculas de fenol para uma de formaldeído. Um hidrogênio de cada fenol se combina com o oxigênio do formaldeído e sai como água, estará formado o monômero que irá formar o polímero.
Resina - Ureia/Formol, Fabricação de Aglomerados
A ureia com o formol em solução aquosa formam uma resina líquida muito resistente à tensão mecânica, calor e umidade, sendo utilizada na preparação de aglomerados. O aglomerado é um material feito a base de partículas de madeira prensadas a quente, coladas, forma a chapa de madeira com espessura de 15, 24, chegando até aproximadamente a 32 milímetros de espessura. Geralmente, o aglomerado por ser formado por particulados de madeira mais grossos e de densidade não muito alta, não pode ser utilizado em lugares úmidos por muito tempo, porque a madeira mesmo com a cola ou resina, absorve umidade, incha e pode se desfazer-se com o tempo. Mesmo assim os aglomerados são utilizados na fabricação de móveis que são revestidos com outros tipos de materiais sintéticos, como laminados, e fórmica em cerejeira ou marfim, são portanto mais baratos.
Polímero ureia /formaldeído
O polímero é formado pela saída de uma molécula de água, exatamente, do local do ponto de ligação, que se estrutura a partir da saída do oxigênio do formaldeído, que retira e leva consigo um átomo de hidrogênio de cada molécula de ureia na forma de água, e cria a ligação formaldeído/ureia. Observe a estrutura formada abaixo.
O Formol e a Produção de Urotropina
O formol também pode ser utilizado na fabricação de urotropina, cuja fórmula molecular condensada é C6H12N4 e o seu nome genérico é (hexa-metileno-tetramina), um medicamento de uso como antisséptico, atuando como germicida desde 1894 e agindo ainda contra fungos e bactérias no tratamento de resíduos de esgotos. É diurético utilizado no tratamento paliativo de problemas renais, é um composto moderadamente tóxico. Atualmente está praticamente em desuso na medicina.
O Formol e Explosivos RDX e HMX
A urotropina sintetizada a partir do formol é utilizado na fabricação de explosivos como o RDX cuja sigla vem de Royal Demolition eXplosive, que tem o nome genérico de (ciclotrimetilenotrinitramina) e o químico de 1,3,5-Trinitroperhydro-1,3,5-triazine, de uso militar e industrial, na demolição de edifícios pontes, atualmente muito utilizado pelos terroristas, homens bombas, etc. E o HMX High Melting point eXplosive,cuja fórmula condensada é C4H8N8O8, de nome genérico, ciclotetrametileno-tetranitramina, e nome químico 1,3,5,7-tetranitro-1,3,5,7-tetrazocanen, com poder explosivo e ondas de choque muito rápidas, quase tão forte quanto uma explosão nuclear.
A Nomenclatura Dos Aldeídos
A nomenclatura dos aldeídos de cadeia carbônica acíclica sem ramificação obedece a mesma regra dos grupos funcionais anteriores.
Metanal
Um carbono colocamos"met", segue-se com "an", mais a terminação "al", metanal
Etanal
Dois carbonos na cadeia principal, recebe o prefixo de "et", segue-se com "an", mais a terminação "al". Numera-se a cadeia carbônica a partir do radical funcional aldoxila.
Propanal - aldeído propiônico.
Três carbonos na cadeia, recebe o prefixo de "prop", segue-se com "an", mais a terminação "al".
Propenal - aldeído acrílico - acroleína
Quando houver dupla ligação na cadeia carbônica principal, a nomenclatura segue a ordem de numeração da cadeia carbônica, levando em consideração a dupla ligação, que indica a substância ser derivada do alqueno, o nome do composto fica sendo: propenal. Três carbonos na cadeia, recebe o prefixo de "prop", uma dupla ligação entre os carbonos segue-se com "en", mais a terminação "al".
Butanal
Nomenclatura Dos Aldeídos com Ramificação
Os radicais que formam a ramificação são os mesmos dos outros grupos funcionais da química orgânica, o metil, etil, propil, etc.
Primeiramente encontramos a cadeia carbônica principal, em seguida numeramos os carbonos da cadeia, começando pelo carbono da aldoxila, colocamos o número do carbono em que está ou estão os radicais, que começam pela letra mais próxima do início do alfabeto, colocamos o prefixo conforme a nomenclatura comum dos aldeídos, mais ?an? e a terminação ?al?.
4-metil-pentanal
2,3-dimetil-butanal
3-etil-pentanal
3,7-dimetilocta-2,6-dienal - IUPAC
Isomeria Que Acontece Com os Aldeídos
A característica da isomeria de função é possuir radicais funcionais diferentes. Observe o aldeído propanal com a propanona, acetona.
Reações Dos Aldeídos
Reações de Polimerização Dos Aldeídos
Polímeros de Condensação
Nesse tipo de polimerização, os monômeros que se juntam podem ser iguais ou diferentes um do outro. Um bom exemplo desse tipo de polimerização é a formação do polímero da baquelite (fórmica).
O oxigênio do formol atrai os dois hidrogênios, ou prótons do fenol, formando água.
Ou a mesma reação pode acontecer pela expressão: A água formada na reação sai fora. O carbono da molécula do etanal, agora livre do oxigênio irá se juntar ao radical fenol formando o monômero, que se juntarão formando o polímero.
Polímero baquelite, ou fórmica
Reação de Oxidação
O metanol reage com o oxigênio produzindo metanal e água.
Reação Para a Produção de Álcool a Partir de um Aldeído
Reação simplificada
O metanal reage com o hidrogênio em meio ácido, tendo como coadjuvante o catalisador zinco, transformando no álcool propanol.
Questões
Questões simplificadas
1) A fórmula que representa a molécula do metanal ou formol ou formaldeído é:
Assinale apenas a correta.
2) A molécula que representa o citral, o principal composto que dá o aroma característico do limão é:
3) A molécula que representa o 3-etil-pentanal é: