Química
?SUCO DE LARANJA BRASILEIRO E A PREOCUPAÇÃO DO GOVERNO DOS EUA?
Bolsista: Alessandro R. Barbosa
Oi seguidores e amigos do QUIPIBID! Hoje atualizamos nossa coluna de atualidades com uma reportagem do portal G1, sobre a preocupação do governo americano com relação aos resíduos de agrotóxicos usados em laranjais no Brasil.
NOTÍCIA:
As exportações de suco de laranja para os Estados Unidos sofrem uma ameaça. O governo norte-americano está preocupado com os resíduos de um agrotóxico usado nos laranjais brasileiros.
Os americanos já se habituaram ao sabor brasileiro. Dez por cento do suco de laranja consumido nos Estados Unidos é fornecido pelo Brasil. São 200 mil toneladas por ano.
Essa exportação enfrenta agora uma dificuldade por causa de um agrotóxico chamado carbendazim. Ele é o princípio ativo de alguns fungicidas usados para controlar o fungo que provoca a pinta preta, uma das principais doenças da citricultura.
No Brasil, os agrotóxicos são divididos em quatro classes, desde o nível um, o mais forte, até o quatro. O carbendazim está na classe três, medianamente tóxicos. Sua aplicação é feita assim que os frutos começam a crescer. A quantidade utilizada segue os padrões da Organização Mundial da Saúde, segundo o agrônomo Luís Barretto. ?Ele é indicado pelo Ministério, já vem sendo utilizado no Brasil em torno de 20 anos. Eu acredito que não tenha problema nenhum para a saúde?, diz.
O carbendazim é liberado tanto no Brasil, como nos Estados Unidos. Lá é utilizado na cultura da maçã, mas não é permitido nos pomares de laranja.
De um mês pra cá, as autoridades de saúde daquele país começaram a analisar as amostras do suco e fizeram um alerta. Se os resíduos do agrotóxico passarem de 80 partes por bilhão, o carregamento pode ser retido no porto. Não houve nenhum embargo, mas a notícia já preocupa.
Por enquanto, não haverá nenhuma mudança na produção, a não ser que a exportação do suco brasileiro seja prejudicada. Os frutos que vão ser colhidos na próxima safra, que começa em junho, já foram pulverizados com o fungicida.
Para Marco Antônio dos Santos, presidente da Câmara Setorial de Citricultura do Ministério da Agricultura, o Brasil não deve sofrer restrições. A quantidade da substância encontrada no suco brasileiro é menos da metade do limite estabelecido pelo governo americano. Se houver necessidade, o produto pode ser substituído sem grandes problemas. ?O carbendazim é um produto um pouco mais barato que os outros, mas acho que não existiriam grandes traumas a partir do momento que existe essa restrição. O importante é atendermos o cliente com uma margem de segurança da saúde que o governo de cada país exige?, diz.
Não é apenas o suco brasileiro que será analisado. O governo norte-americano diz que vai inspecionar todos os carregamentos de suco de laranja que chegarem aos Estados Unidos.
Como todos nós sabemos, devemos nos alimentar bem e buscar sempre alimentos saudáveis. Para isso faz-se necessário o consumo de frutas e verduras, ao invés de alimentos industrializados e/ou ricos em gorduras e com pouco valor nutricional. Contudo, até mesmo o consumo de frutas e verduras, tem que ser feito de modo consciente, uma vez que para o cultivo destes, ainda se faz uso de agrotóxicos que, em ?alguns casos?, fazem mal à saúde. Daí a preocupação dos americanos com relação aos resíduos de agrotóxicos usados em laranjais no Brasil. E aí, vamos entender melhor o que são os agrotóxicos?
Nos últimos anos, deparamo-nos com um crescimento alarmante do volume de agrotóxico comercializado no Brasil. Segundo dados oficiais, o país ocupa o terceiro lugar no ranking dos maiores consumidores de agrotóxicos em todo o mundo.
A poluição química dos agrotóxicos é provocada por dois tipos de poluentes que são classificados em biodegradáveis, como detergentes, inseticidas, fertilizantes entre outros, e os persistentes, como DDT (dicloro-difenil-tricloroetano), mercúrio e outros que causam sérios problemas a partir da contaminação.
O perigo começa no próprio campo, com os agricultores que pulverizam os agrotóxicos nas lavouras. A exposição destes produtos de elevada toxidade, sem a devida proteção, pode ocasionar invalidez e até morte.
Em seguida, o perigo chega à mesa do consumidor dos grandes e médios centros urbanos. Os vegetais e frutas disponíveis no mercado, de aspecto agradável podem esconder em sua película externa, resíduos de agrotóxicos utilizados na lavoura, como é o caso da laranja exportada para os EUA.
O consumo de alimentos cultivados com adubos orgânicos, sementes resistentes e que utilizem um controle biológico de pragas seria o ideal. Entretanto, este tipo de agricultura não é incentivado pelo governo, o que encarece e dificulta a comercialização dos produtos.
Os metais pesados atuam como agrotóxicos quando lançados nos rios e oceanos; acumulando na cadeia alimentar, chegam pelas descargas dos rios contaminados. As principais fontes são as indústrias, os garimpos e as lavouras, que aplicam cobre e zinco no combate aos fungos.
Os efeitos da contaminação dependem não só da dose, como também do tipo de poluente. O chumbo altera a síntese de hemoglobina, provocando anemia, insuficiência renal, problemas no sistema nervoso, cólicas intestinais e convulsões.
Outro sistema de contaminação ocorre por ar contaminado, onde poluentes podem acarretar em debilidade mental, tontura e enfraquecimento de pernas.
Portanto, caros amigos, sempre que possível dê preferência ao consumo de alimentos orgânicos, ou seja, livre de agrotóxicos, assim você ajuda o meio ambiente, a sua saúde e ainda incentiva a agricultura familiar, que atualmente mais produz estes tipos de alimentos. Espero que tenham gostado e até a próxima!
Fontes:
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2012/01/residuos-de-agrotoxico-usado-nos-laranjais-preocupa-governo-dos-eua.html
http://www.planetaorganico.com.br/trablucen.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/poluicao-quimica-no-campo.htm
http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=21&id=368
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