Indústria Química - os primórdios
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Indústria Química - os primórdios



A evolução da indústria química actual é muito recente e aconteceu, tal como para a maior parte da indústria com a revolução industrial que ocorreu em países como o Reino Unido em 1800 e noutros países muito mais tarde. 
O seu desenvolvimento foi estimulado por necessidades de outras indústrias que precisavam de determinados produtos químicos. A indústria do sabão precisava de base para a saponificação de gorduras animais e vegetais, a indústria do vidro necessitava de areia (sílica) e soda (carbonato de sódio)...
Um avanço fundamental foi conseguido quando, em 1746 em Birmingham, Roebuck e Gardner substituíram os vasos reaccionais de vidro, usados até essa altura, por câmaras de chumbo. As reacções em vasos de vidro tinham limitado a escala de produção de ácido sulfúrico (vitriol) necessário para a produção de soda (carbonato de sódio) a partir de sal.
Muitos dos processos evoluíam por tentativa e erro visto que muitas vezes a teoria química subjacente era pouco compreendida. Os avanços nos conhecimentos e teorias científicas que ocorreram durante o século 19 foram fundamentais para um desenvolvimento da indústria química e dos processos usados.
Durante alguns anos os produtos manufacturados eram essencialmente produtos inorgânicos os produtos orgânicos eram obtidos de fontes naturais(óleos, gorduras, corantes e fibras naturais como algodão e lã, medicamentos naturais...). De facto, até meados do século 19 não se pode falar de indústria química orgânica. No entanto, em 1856 aconteceu que algumas experiências planeadas não deram os resultados desejados. 

William Henry Perkin, estava a tentar sintetizar  quinino um composto natural usado para combater a malária. No entanto, em vez de quinino obteve um precipitado preto. Em vez de o deitar fora, resolveu analisá-lo e verificou que era um composto púrpura que tinha grandes potencialidades como corante. Assim foi sintetizado o primeiro corante sintético. Ironicamente este produto foi obtido porque a anilina estava muito impura. Ele tinha apenas 18 anos e estudava em Londres, mas decidiu de imediato abandonar os estudos e montar a sua indústria de corantes para produzir este composto.



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